quarta-feira, 28 de abril de 2010

Desabafos... II

Este Desabafo foi escrito dia 01 de Abril de 2010...
"Ando estressada! Porquê? Simplesmente pelo fato de não admitir algumas coisas, como: a verdade sobre minha decisão para o futuro; a verdade sobre o Seu Amor para comigo; a verdade da condição do meu coração; a verdade sobre o que penso sobre mim; a verdade sobre o que penso acerca do 'Amor' em todos os aspectos dele; a verdade de admitir que pode haver uma possibilidade; mesmo que não ocorra nada de concreto; por medo de frustração de novo.
Sou confrontada por viver o Amor de modo pleno, sou chamada a viver em liberdade. Ai, de mim que não entendo, mas sou atingida por sua mais linda essência: AMOR!
Preciso admitir para VOCÊ algo sério: ainda tenho vergonha, mas saiba que quero confiar em VOCÊ plenamente para cuidar de cada área de minha vida; principalmente a emocional. Confissão: medO de admitir a possibilidade de algo acontecer, por não querer me envolver, por causa do MEDO! Palavra, ou melhor, vocábulo dissílabo, com sílaba tônica [me] não acentuada; não sei bem a origem desta horrenda palavra; mas, sei de onde se fundamenta: na falta de consciência plena do Ser Pessoal que quer ser Íntimo a mim - DEUS; a falta de conhecimento de Deus me leva a não crer confiadamente nEle, por causa de uma fé sem esperança. Ops! Cheguei ao cerne da questão: 'o medo tira de mim a possibilidade de ver além da realidade que me é proposta, exposta e entendida por uma mente que não compreende a complexidade da simplicidade do viver o amor puro e absoluto' Este é o meu dilema: fé e esperança resultam em confiança plena, que o meu amigo Brennan Manning chama de confiança cega em Kaböd Javéh, que é o Abba e o Cristo; crer esperançosa e confiadamente no Cristo de Deus e no Deus de Jesus; porquê? Por que ELES são UM sem ousar deixar de fora deste círculo de relacionamento perfeito a Pessoa Linda do Espírito Santo (meu mais íntimo amigo) - Amo-te, Espírito Santo.
Enfim, depois de escrever este desabafo, melhorei. Estressada? Bem, ainda é uma questão a se resolver. Porque, preciso aceitar de modo simples o Amor de Deus por mim... Amor que me faz andar em liberdade segura"

sábado, 24 de abril de 2010

Desabafos... I

Este Desabafo foi escrito em 13 de Março de 2010...
"Como estou? Sou o que sou e percebo não ser eu mesma. Fico vagando entre os mundos das relações. Medo! Medo é a expressão certa do sentimento forte que explica a aversão da conexão plena entre iguais... Iguais? Sim, sou igual ao outro que luta diariamente para se manter firme e conectado de modo pleno e sem manchas que atrapalhem tal conexão.
Até que haja conexão, há uma confusão em todo o extremo do íntimo do ser que anseia por conectar-se sem interrupção alguma. O que posso fazer para tal conexão ocorrer? Como conectar-me a você, meu igual? Pode ser fácil, você há de me falar. Sim, sei, é tão fácil ligar-me, conectar-me; mas, ainda, tem o medo de perder-me, afastar-me. Sinto-me presa! O que fazer? Como libertar-me e conectar-me totalmente a você, meu igual? Espero resposta! Encontro o silêncio! Será que cessaram as palavras? Será que os meus ouvidos é que estão tampados?
De repente, ouço como um sussurro, como brisa a Voz que clama ao dizer: ' o VERDADEIRO AMOR lança fora TODO o MEDO'! A partir daí,começa a Plenitude da Conexão."

terça-feira, 20 de abril de 2010

Série Desabafos... Introdução.

Boa noite!
Sei que é estranho alguém pensar em escrever desabafos, mas os acho interessantes. Porquê? Oras, porque simplesmente desabafamos: expomos o que vemos, sentimos, pensamos de um modo que os outros entendam claramente o que queremos dizer.
Bem, comigo não é diferente. Desabafo o que sinto, vejo, creio, penso, o ainda estou processando, porém, se não entederem não há problemas, eu tentarei esclarecer nas postagens dos comentários...Risos mil... Como se fosse possível, esclarecer tudo. Mas, enfim, tentarei.
Incrível!!! É bom desabafar. Já tentou isto?? Tenho vivido tempos assim, com Deus, e creiam-me têm sido dias magníficos.
Ops! Chega disto! É hora de ir descansar.
Uma prévia de Desabafo: "imagina como fica o coração de alguém que planeja trabalhar e as coisas dão errado?" Então, seria meu coração há dois tempos atrás, mas tenho aprendido que é melhor ser guiada por Ele. É para Você, meu Poeta Maior. Enquanto, vivo sou convidada a ser mais parecida com meu Pai. Desabafos com Deus no final de tudo é conversa entre filha e Pai...

Canção da Liberdade

Hoje veio em minha mente lembranças de um passado que não quero recordar.
Porque, não? Porque dói! Sinto dores de novo; parecem que em meus lábios há uma mordaça, em meus pés correntes, minhas mãos algemas.
Ai, as imagens estão vindo como torrentes fortes e sinto o cheiro de sangue de novo.
O que é isto? Perguntas-me! Eu respondo: é o cárcere!
Fui presa por tempos: andar, não sabia o que era isto, arrastava-me com correntes e peso nos pés sentia dores. Minhas mãos algemadas não conseguiam pegar nada, minha boca velada com a mordaça, não lembrava mais o som de minha voz dado o tempo sem falar.
O que eu tinha? Meus sentimentos e pensamentos, os quais podiam ficar livres; correr, sorrir, cantar, falar; fazer o que meu corpo não podia.
Fui presa, quase sempre ficava sozinha, em quarto escuro: tinha um buraco na parede, na parte superior havia um buraco que entrava o ar e a luz do sol, outros buracos na parte inferior onde colocavam minha comida, melhor ração, daí tiravam a mordaça para que eu pudesse me alimentar.
Dias quentes angustiantes; noites frias frustrantes; chorava a não poder mais.
Socorro! Minha alma gemia por não poder gritar. Socorro! Meu coração pedia. Mas a quem suplicar?! Passei dias, meses, anos, eternidades assim.
Mas, um dia desses comuns, acordei como sempre no mesmo estado, prevendo como seria tudo.
De repente algo aconteceu: a porta da cela estava aberta, os guardas não estavam lá fora; pude ver a luz do dia, a luz, claramente tal como é; de pronto a luz ofuscou os meus olhos, mas logo pude ver.
Minhas mãos sem algemas, meus pés sem correntes.
Levantei-me trêmula, arrastei-me até a porta, consegui ficar em pé, então percebi que em minha boca não havia mais mordaça. Em pé, coloquei-me a andar, cambaleante mais andante.
Então percebi que a cada passo que dava a cela, o cárcere ficavam para trás, e comecei a chorar não de dor, mas alegria, estava liberta! LIVRE! LIVRE!
Não conseguia falar! Só os meus pensamentos diziam: LIVRE!
Sentei-me na rua e chorei. Não podia falar, ainda estava presa; não podia andar direito, ainda estava presa.
Neste momento ouvi alguns passos e ergui meus olhos, ao que vi um HOMEM sorrindo.
Ele sorrindo estendeu-me a mão e chamou-me pelo nome. Meu nome? Ele disse: LIBERDADE! O meu nome é: LIBERDADE! Ergueu-me, passou a caminhar comigo, meus passos fortalecidos, comecei a correr, minhas mãos livres sentiam tudo o que tocava, tocava tudo o que os meus olhos viam.
Então, ficamos a correr por campos floridos, lugares de descanso e conforto, bebi a água do rio límpido, sentia a suavidade das flores, o sabor dos frutos.
Mas, faltava-me algo – falar. Então, Ele disse-me que eu podia falar sem medo, que Ele sempre ouvia meus pensamentos, mas queria ouvir a minha voz, e pediu:
“Você pode falar o meu nome?” - ao que com muita dificuldade respondi: LIBERTADOR! As palavras saíram como um achado de um arqueólogo; de início gaguejei, sussurrei, mas depois, vieram-me forças na voz e então gritei: LIBERTADOR! Você é o meu LIBERTADOR!
Então, naquele instante lhe fiz uma canção: “A Canção da Liberdade” E desde aquele momento: corro a falar sobre Aquele que é meu LIBERTADOR.

Depois de um tempo de leitura e estudo dobre a Epístola aos Gálatas. Tempo de descoberta que a liberdade está mais próxima do que qualquer coisa. É bom o tempo de viver em liberdade de forma que outros sejam alcançados por isto também. Escrito em Março de 2009.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Confissões de Uma Cruz

LEMBRO-ME BEM DE QUANDO AINDA JOVEM
MORAVA COM MINHAS IRMÃS - AS ÁRVORES, NA FLORESTA DE JERUSALÉM
ENQUANTO OS DIAS E AS NOITES PASSAVAM
CONTEMPLÁVAMOS AS ESTRELAS, A CRIAÇÃO
E ADORÁVAMOS O NOSSO CRIADOR!

EU SONHAVA COM GRANDES COISAS! SONHADORA EU ERA
DESEJAVA CONTEMPLAR SEMPRE O MEU CRIADOR
E DIRECIONAR PESSOAS A ELE
ENTÃO, EM UMA NOITE COMUM UM MACHADO LAVROU O MEU TRONCO
SENTI UMA DOR ANGUSTIANTE, CORTANTE
O MEU SULCO FOI DERRMADO POR TODA RELVA E POR TODO O CAMINHO
TIRARAM-ME DO MEU LAR DE MODO GROTESCO
ENTÃO, A PARTIR DAÍ, COISAS INCRÍVEIS ACONTECERAM COMIGO

QUEBRARAM MEUS GALHOS, DESTRUIRAMMEUS FRUTOS
MINHAS FOLHAS E FLORES FORAM DESPEDAÇADAS E ATIRADAS NO FOGO
DE REPENTE, PEGARAM-ME E CORTARAM-ME DE QUALQUER JEITO
MEU SONHO MORREU!... O QUE ME TORNEI? PARA QUÊ SERVIREI?
DEPOIS DE CHORAR, CONFORMEI-ME COM A MINHA CONDIÇÃO
APENAS UM MADEIRO DIVIDIDO EM DUAS PARTES JOGADAS AO TEMPO

MAS, UM DIA BEM CEDO OUVI UM BARULHO FORA DO COMUM
PESSOAS APRESSADAS NA DIREÇÃO ONDE ESTAVAM JUNTO COMIGO
MUITOS OUTROS TRONCOS ESPEDAÇADOS, LARGADOS
FOMOS ARRASTADOS POR TODO O SALÃO ATÉ CHEGARMOS AO PÁTIO DO PALÁCIO
FUI POSTO SOBRE OS OMBROS DE UM HOMEM
ALGO INEXPLICÁVEL ACONTECEU: O MEU PESO TRIPLICOU
SENTI-ME PESADO, SENDO LEVADO DE MODO ARQUEADO
E NESTE MOMENTO CHAMARAM-ME DE CRUZ!
UMA DOR PROFUNDA TRANSPASSOU O MEU CORAÇÃO DE ÁRVORE
PENSEI: “CRUZ! SÍMBOLO DE MALDIÇÃO!”
GRITAVA MAS, NÃO ME OUVIAM: “QUEM ME LEVA? PARA ONDE IREI?”

FUI LEVADA PARA FORA DA CIDADE, PARA UM ALTO MONTE
FIQUEI EM DESTAQUE ENTRE OUTRAS DUAS CRUZES
QUEM ME LEVAVA? FIQUEI SABENDO: O REI!
SEU CORPO FERIDO, ENSAGUENTADO, DILACERADO
PREGOS LHE CRAVARAM EM MEU TROCO
MISTURANDO SEU SANGUE, MEU SULCO
BANHADA FIQUEI DE SANGUE, PEDAÇOS DA CARNE D´ELE
DEPOIS DE SUA MORTE AGONIZANTE...
FOI TIRADO O SEU CORPO PAAR DESCANÇAR COM MORTOS
APÓS TRÊS DIAS EU SOUBE QUE ELE RESSUSCITOU
EU? BEM, EU CONTINUO NO MESMO LUGAR
APONTANDO PARA O CÉU – O CAMINHO PARA DEUS
E COMTEMPLANDO O MEU CRIADOR. EU – A CRUZ DE CRISTO!!

Este poema foi escrito em Abril de 2005, quando eu estava assistindo o Culto de Páscoa na Igreja Metodista em Cosmos, Rio de Janeiro. Veio um entendimento do que poderia ter sentido a Cruz de Cristo

domingo, 4 de abril de 2010

Conversa sobre FÉ

Estes dias estava ouvindo sobre FÉ; e confesso que já ouvi muita coisa sobre este tema (assim, como você também já tenha ouvido). Mas, enquanto, ouvia o preletor discursar com grande eloqüência (show a parte), comecei a pensar em momentos, situações, decisões que tomei ou deixei de tomar por conta da FÉ ou falta dela, suas implicações e conseqüências, garanto que foram muitas... Enquanto, o discurso decorria sobre Abraão no Livro de Hebreus e sua galeria de Heróis da Fé, texto muito apropriado e confrontante.
O autor de Hebreus (Livro lindo e forte do Novo Testamento) diz que "sem fé é impossível agradar a Deus"; e ele relata, faz uma lista de nomes conhecidos e desconhecidos e fatos ocorridos com os tais; até se atrave a dá características de tantos outros que tiveram Fé sem alcance da tal promessa esperada. Este confronto direto que ele faz me impressiona muito. Sabe, sou marcada pela vida e posturas daqueles queridos que o Autor de Hebreus citou. FÉ!
Ainda sou confrontada por minhas posturas: falta de fé, sou como alguns do Antigo Testamento e do Novo Testamento que tiveram contato direto com o Deus e com o Verbo Encarnado - Jesus e ainda assim vacilaram em suas vidas com relação a crer, esperar e confiar na Kabod Javé tão próxima e presente a eles e a mim; não estou com isto querendo me justificar; mas, expor este meu coração incrédulo, que se ilude em agir com a aparência de fé tantas vezes, mais que só Deus sabe a real da motivação que tenho e a medida da fé que tenho, exerço ou não.
Também, fico chocada em ouvir o Gilberto Gil quando canta: "... andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá.." . Convido você a pensar comigo: se ele entendeu que a fé não costuma falhar; porque então, eu que conheço o autor e consumador da FÉ que não falha, vacilo sempre; explique-me então, porquê não sou firme e constante nesta FÉ?? Ah, sei, pergunta complexa de se fazer e muito mais ainda de se responder, compreendo.
Parece um paradoxo cheio de interrogações de um coração que anseia viver plenamente confiança esperançosa baseada em FÉ. Mas, quando percebo que dependo de Deus também para que esta confiança seja gerada, sou inundada desta FÉ constante ao ponto de que em qualquer momento e em qualquer situação eu posso crer de modo confiante em Abba!
Fé, esperança e confiança, acreditem em mim, estão interligadas. Ok, você pode me questionar: 'Interligadas? Como? E, eu onde entro neste bolo?'
Calma! Não quero expor você a vergonha, só quero compartilhar algo que o meu coração também questiona, entende? Somos iguais! Eu, você: somos iguais, pessoas geradas por FÉ e que são convidadas a viver e andar por ela, vamos acompanhar o Gilberto Gil na canção: 'andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá' e declarar com o autor de Hebreus: 'FÉ é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.' E, também que, 'sem FÉ é impossível agradar a Deus.'
Este é o convite: "Vamos juntos para Abba e dizer para Ele: 'eu quero FÉ que vem de VOCÊ, eu quero crer e esperar em VOCÊ cheio de confiança plena.' Vamos juntos para Abba e dizer: 'Preciso de VOCÊ. Preciso crer que SEU Amor é o Bastante!' Vamos como filhos que sempre esperam com o coração cheio de confiança pelo querido Abba, cheios de expectativas do que Ele irá nos presentear neste dia, seja sempre bem vinda Kabod Javé."