quinta-feira, 13 de novembro de 2008

MUITO MAIS QUE UMA CESTA BÁSICA...

Você sabe o que encontramos em uma cesta básica? Vou listar: arroz, feijão, macarrão, açúcar, café, farinha de mandioca, fubá, óleo, sal; tem muitos produtos que se pode consumir.
Mas, quero contar de cestas básicas que tem nomes e histórias fortes, comoventes, cheias de vida, cheias de dor, que traçam a trajetória de luta, de garra, de conquistas diárias de sobrevivência.
As cestas básicas não têm apenas quantidades de produtos alimentícios, cada cesta básica tem um nome, um rosto, uma cor, uma verdade, sonhos, esperanças, vitórias significantes, dignidades.
Tenho uma visão um pouco diferenciada de onde moro, minha janela fica em uma posição digamos que privilegiada, porque posso ver pessoas entrando de pelo menos dois portões para serem atendidas por minha amiga que era a pessoa responsável em distribuir cestas básicas, sabe, todas as vezes que descia da minha casa e ia para meu trabalho via sempre minha amiga conversando com pessoas e garanto que com cada pessoa ela levava pelo menos uma hora a duas horas de conversa e aconselhamento. E você me pergunta: ‘Para quê tudo isto? Era só distribuir cestas básicas.’ A principio poderia até concordar com você, mas depois do que ouvi desta minha amiga; digo para você que vale a pena antes de entregar as cestas ter uma conversa, conhecer os nomes, rostos e histórias por trás de cada cesta entregue.
Sabe, são histórias de lutas, lágrimas e de crenças de que o futuro ainda pode ser melhor. São rostos sofridos e cheios de vivência, rostos que sempre irradiam certezas de um amanhã com esperanças, e nomes que se escondem na tristeza da batalha árdua para a sobrevivência diária.
O que podemos demonstrar a estas pessoas? O que podemos dizer a elas? Como encorajar estas vidas a seguirem e resgatar suas dignidades? Somos talvez tão cheios e pobres ao mesmo tempo, que nos esquecemos de preparar a nossa despensa para que esteja sempre cheia e que quando precisarem tenhamos sempre cestas básicas para auxiliar um pouco na diminuição da vergonha destas famílias.
Você quer nomes? Você quer ver os rostos deles? Porquê? Para que? Não é preciso isto, mas um coração disposto a ver além de entregar apenas cestas básicas.
O básico é fazer algo relevante, e por falar em relevância. Já percebeu que estamos sempre com o discurso cheio de palavras da moda, na onda dos vocábulos do momento? Mas, o que é preciso, relevante, imprescindível não consta em nossa agenda tão cheia de atividades sem nexo.
Cansei de ver da minha linda janela, o correr frenético e sem sentido das pessoas, com ações desencontradas.
Então, quero fazer um convite a você: escolha os melhores ingredientes e faça uma deliciosa refeição e ofereça a todos que você tiver contato, também observe sua despensa e prepare uma boa cesta mesmo que seja básica e dê a quem tem necessidade, garanto a você que quem sairá saciado e com a certeza de dignidade será você.
É tempo de deixar um pouco de lado os afazeres, como fez minha amiga por algumas semanas e deixar-se ser tocado por nomes, rostos, histórias, enfim pessoas iguais a minha amiga, você e a mim.
Então, teremos muito mais que uma cesta básica, teremos vida, dignidade, humanidade.
Teremos além da cesta básica cheia de alimentos, amigos que partilham momentos que só o coração pode entender.

Ofereço este texto a Andréia Azevedo, você que sabe tocar pessoas com um simples importa-se com que são por serem quem são.
Obrigada por ensinar-me a ver pessoas além de cestas básicas. Obrigada por permitir observar através de minha janela com olhar de quem vê com o coração.
Amo-te creia sempre nisto.

domingo, 13 de julho de 2008

“O TEMPO... TEMPUS!”

“O TEMPO... AMIGO, INIMIGO, LADRÃO, VILÃO...

O TEMPO SEM CONSTRANGIMENTO DE SÊ-LO;

O TEMPO QUE VEM, QUE VAI.

E NÓS? SEMPRE DEPENDENTES, CORRENDO PARA O ALCANÇAR.

SOFRENDO POR PERDÊ-LO, ESQUECÊ-LO...

SOMOS ASSIM, POVO DO TEMPO, ESCRAVOS DELE.

PEÇO A TI, Ó DEUS: SALVA-ME!

UMA VEZ LI: TEMPUS FUGIT! O TEMPO FOGE!

SEM PERDER-SE DE SI MESMO, SENDO ELE O DONO DE SI,

DEUS ABSOLUTO DOS MOMENTOS APROVEITADOS OU NÃO.

MAS, O SENHOR ABSOLUTO, SENHOR DE TUDO,

SENHOR DO TEMPO DIZ EM VOZ FIRME E SUAVE:

“HÁ TEMPO PARA TODO PRÓPOSITO...” O QUE QUERES TER?

O QUE QUERES REALIZAR? PARA TUDO ISSO TE DOU TEMPO...

EU SOU! O QUE TENHO PODER PARA INTERROMPER O TEMPO,

PARÁ-LO, ADIANTÁ-LO; FAREI ISSO SE NECESSÁRIO FOR.

MOSTRO O TEMPO E O MODO; E SEU CORAÇÃO O DISCERNIRÁ.

O TEMPO É CHEGADO! O TEMPO É CHEGADO!

TEMPO DE REVELAR DEUS-PAI-AMOR!

TEMPO DE PAZ, AMIZADE, AMOR, PERDÃO...

NÃO MAIS TEMPUS FUGIT, MAS TEMPO ESTÁVEL!

DEUS REVELOU SEU AMOR ATRAVÉS DO TEMPO

QUE JESUS AQUI VIVEU.

NAQUELE DIA O TEMPO FOI DE GLÓRIA!

NASCEU O MENINO, RESSUSCITOU O REI!

NÃO HÁ MAIS TEMPOS DE TREVAS,

PORÉM SEMPRE SERÁ O TEMPO DA GLÓRIA!

A TI, Ó AMADO: LOUVORES, GLÓRIAS, HONRAS,

SEJAM ETERNAMENTE DADOS À GLÓRIA DO SEU TEMPO!

AO REI DE NOSSOS CORAÇÕES!”

PORQUE ESCREVO POEMAS...

Por que escrevo poemas? Bem, pelo simples fato que posso liberar o que sinto, penso e vejo de modo claro e simples. Modo claro e simples! Às vezes, penso que existe um mundo muito maior que este o qual vivemos dentro de mim. E isto é muito bom de imaginar, posso ser livre dentro de mim, mesmo quando o sistema ou as situações me prendem e sufocam.

Sou pássaro livre, solto sem medo de voar por campos que ainda não foram explorados, sou eu livre de um “eu” que precisei criar por conveniências até, mas que dentro de mim é solto no ar, sem as convenções desnecessárias a nós humanos sociáveis.

Comecei a escrever poesias aos 11 anos de idade, vocês precisam ler as primeiras linhas, emociono-me só de lembrar; mas vocês podem até rir, não me importo, sei que o começo é algo importante no processo de qualquer construção ou vida. Por isto guardo como a um tesouro, cada um de meus poemas.

Mas, voltando para a poesia; lembro-me que aos 15 anos começou algo que continua até hoje, queria dar para Deus um presente e lhe fiz um poema sobre a idade em questão, o incrível é que veio cada palavra em minha mente e depois de dias escrevi o poema com exatidão. Mas, por que escrevo? Escrevo como uma escultura, pintura, fotografia que ilustra o coração, a alma tal como é e sente. Antes queria ser escultora, pintora e fotógrafa, porém entendi que não tenho talento para tanto, mas descobri que ao compor poemas posso esculpir as palavras de modo que mostre as pessoas o que sinto; pintar os versos para que outros saibam o que vejo e fotografar o que vai ao meu coração e alma.

Descobri que com as Palavras posso entrar no “MUNDO”, encantado das palavras e ser livre para chorar, rir, ser quem sou para Ele e por Ele.

É quando escrevo que me sinto mais livre, mais perto dEle, percebi que Ele e eu temos coisas em comum e uma delas é gostar de poesias, ler e compor; é poder representar o GRANDE POETA do UNIVERSO.

Já imaginou saber o que sentiu a CRUZ DE CRISTO? Ou como é sentar-se no GRANDE SOFÁ DE DEUS? Ou entrar na CASA DO PAI e sentar a mesa do banquete? Já imaginou ter os seus ANOS D’OUROS (adolescência) registrados?

Então, para mim, compor poemas é dizer para as pessoas o que sinto e o que Deus sente, pensa e quer.

É falar com a PALAVRA escrita o que meus olhos vêem, o que minha alma deseja, o que minha mente pensa e o meu coração sente.

As palavras faladas são apenas as expressões de sentimentos e pensamentos que podem ir e não mais voltar sem registro talvez, mas as palavras escritas ficarão para sempre, como um legado.

Este é o meu legado para outras gerações e minha ministração para o coração dAquele que é minha inspiração.

Se pudesse inventar um vocábulo para Ele diria: Poeta Dei.

A Ele toda a minha poesia.

Uma aprendiz de Poeta,


sábado, 10 de maio de 2008

VALENTES!

Quem são? De onde vêm? Valentes!

Onde estão? Como estão? O que são? Valentes!

O que falam? O que fazem? Por que? Valentes!

Ouve-se o grito de socorro, angústia, desolação,

Onde estão os Valentes?

Vê-se a destruição, ruínas das cidades, muros caídos,

O que fazem os Valentes?

Homens, mulheres, jovens, amigos, irmãos,

Estes são os Valentes?

Valentes! Suas mãos marcadas

Por calos produzidos pelo árduo trabalho,

Noites perdidas; pessoas achadas,

Pouca comida; multidões alimentadas,

Momentos de lágrimas; por rostos alegres,

Perda da reputação para ter cidadãos formados.

Chega de destruição, desolação, abuso!

Onde estão os Valentes?

É preciso ouvir a Voz que clama pela a Verdade!

É tempo de falarmos Valentes!

É chegada a hora da reconstrução dos muros,

De reedificar as cidades, ruas, vilas, vales, morros...

Então, mãos a obra; Valentes!

Valentes, deixaram tudo para acabar com o abuso.

Onde? No morro, asfalto, vilas, vales, cidades.

Valentes, fizeram de um sonho a realidade da Cruz;

Mesmo dando suas próprias vidas.

Valentes, plantaram com dor e lágrimas para colherem com alegria plena.

Valentes! Que ensinam, reedificam, limpam, curam, cuidam!

Valentes! Doutos ou simples! Calmos ou agitados!

Valentes! Que cantam, compõem ou escrevem!

Sempre serão os Valentes Urbanos desta Geração!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Conversando sobre Missões...

Não posso falar sobre JOCUM, ou qualquer outra agência sem antes esclarecer alguns pontos sobre Missões.
Missões nada mais é que um estilo de vida, a qual nós enquanto cristãos e filhos de Deus devemos ter. Ás vezes, nos enganamos quando pensamos que só é missionário aquele que foi chamado a pisar terras distantes, que foi chamado a morrer por amor de Cristo em um país longínquo.
Ledo engano! Por muito tempo vivemos pensando e projetando uma caricatura própria de uma pessoa que fora escolhida por Deus para sofrer e morrer, aprender uma nova língua e cultura, a deixar tudo para trás e seguir com uma cruz que mais perece aço maciço do que apenas uma madeira simples. Precisamos entender o porquê de Missões. Primeiro Deus começou a formar um povo com a mistura de um pagão que entendia de modo bem vago a existência de um Ser Grandioso que comandava tudo – Abrão foi este homem, a partir dele formou-se uma grande nação. Deus começou a fazer o que Ele sempre almejou demonstrar seu amor de modo diversificado.
Então, as gerações vieram e estamos aqui... Quem? Nós?! Sim, você e eu, formamos o nós que Deus com amor imenso sonhou antes mesmo da Criação de tudo. Ah, tudo bem, você vai perguntar e daí como posso relacionar isto com Missões? Ah, sim com certeza pode! Deus começa a chamar alguém de longe para sair e formar um povo distinto com uma Verdade única, e somos extensão deste chamado. Por quê? Por que Deus colocou a eternidade no coração dos homens... ‘Deus começou missões em seu coração’; clichê e sempre falado em alguns cultos de Missões, mas a verdade é que Ele deseja que todo o homem chegue ao pleno conhecimento do Evangelho.
E aí entra o termo ‘missões’...
Mas, ainda quero esclarecer algumas questões, quero introduzir 2 termos que poucos conhecem, mas que serão usados com grande freqüência daqui em diante por mim em nosso espaço sobre este tema tão amado e incompreendido em nossos dias, mas do que nos primeiros dias da Igreja de nosso século.
Você já ouviu falar ou leu sobre ‘sodalidade’ e ‘modalidade’? Não!? Então, apresento estes 2 termos: Modalidade: são as igrejas, comunidades eclesiásticas. Toda e qualquer organização que é regulada por um conselho, concílio administrativo. Sodalidade: agências missionárias sendo estas denominacionais ou as que chamamos de paraeclesiáticas. Que são sujeitas á autoridade das estruturas, são ‘reguladas’, mas não ‘administradas’ pelas modalidades. Ou seja, as agências missionárias, chamadas de paraeclesiáticas são sujeitas e compreendem o valor e autoridade da Igreja Local, mas não são administradas pelas mesmas. Toda sodalidade funciona e realiza seus trabalhos porque a modalidade libera seus membros, não os ‘erradica’ mas os envia entendendo seu chamado, missão e visão.
Como modalidade, podemos alcançar grande parte do plano de Deus para o mundo; assim acontece com a sodalidade; mas quando modalidade e sodalidade entendem sua função no mundo juntas alcançam muito mais.
Hoje, por alguns motivos andamos separados, não digo que é errado a Igreja ter sua agência missionária, mas é preciso esta mistura que as agências interdenominacionais têm.
Precisamos lembrar que Deus é perfeito em seus planos e objetivos e almeja que as duas idéias: a Igreja e a Agência Missionária, ou seja, a sodalidade e modalidade possam juntas e alcançar o seu plano maior: levar todo homem a conhecer seu Amor derramado por seu Filho e nosso Irmão – JESUS. Então, esta é a verdade: modalidade e sodalidade precisam andar juntas para que Deus realize sua vontade nos corações. Precisamos perceber que uma necessita da outra: modalidade libera seus membros e a sodalidade prepara estes membros para que de modo claro, objetivo e atual o Evangelho seja pregado em todas as partes do mundo a partir de onde a modalidade está plantada.
Mas, este é um novo assunto para o nosso próximo encontro...
Membro da Modalidade e participante da Sodalidade.